Santo Estevão recebe sétima etapa do Campeonato Baiano de Águas Abertas, neste domingo (24)

As águas do Porto Castro Alves, no município de Santo Estevão, na região do Portal do Sertão, vão fazer sua estreia no Campeonato Baiano de Águas neste domingo, 24. A 7ª etapa da competição - de treze ao todo - vai reunir entre 300 e 400 participantes distribuídos das categorias de base, mirim, petiz e infantil, até júnior, sênior e master, além de provas adaptadas que estimulam a participação ampla.

O evento é organizado pela Federação Baiana de Desportos (FBDA) e conta com apoio de transporte da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). Três ônibus vão sair de Salvador, no próximo sábado, 23, às 12h, levando 66 atletas da capital baiana e região metropolitana para a competição em Santo Estêvão.

“O apoio da Sudesb com transporte é decisivo para que clubes e atletas de várias regiões possam participar de todas as etapas. Muitas vezes, a distância é um fator limitador e esse suporte garante inclusão, amplia a competitividade e eleva o nível técnico da disputa. É também uma ação estratégica de política esportiva, pois contribui para que o campeonato seja realmente estadual, reunindo desde atletas de base até master”, destaca Marco Antônio Lemos, presidente da FBDA.

Etapa de Santo Estêvão – O cronograma do evento terá início às 09h, com a largada masculina da prova rápida, de 1km, seguida pelo início da disputa feminina na mesma prova às 09h10. As categorias mini e mirim, que vão concorrer nos 400m vão largar às 09h40, enquanto a categoria petiz, de 800m de distância, vai competir a partir das 09h50.

Para fechar a categoria principal (4km), a largada será às 10h20 para o masculino e às 10h30 para o feminino. Apenas o percurso principal soma pontos para o ranking estadual. A estreia de Santo Estevão no campeonato é tratada pela FBDA como de suma importância para a democratização da natação em águas abertas pelo interior do estado.

“As águas do Porto Castro Alves oferecem um cenário inédito, unindo natureza, beleza e desafio técnico. É uma oportunidade de fortalecer o turismo esportivo local e aproximar ainda mais o campeonato de diferentes regiões da Bahia. O ineditismo da etapa é também uma forma de mostrar que as águas abertas podem crescer além do litoral, valorizando os rios e reservatórios do estado como espaços de esporte e integração”, comenta Marco.

Baiano de Águas Abertas 2025 – Em 2025, o Campeonato Baiano de Águas Abertas já passou por Salvador (em três provas diferentes – Soho, Praia de São Tomé de Paripe e 2º Distrito Naval, respectivamente, em fevereiro, abril e maio); Morro de São Paulo, em março; Juazeiro (com duas etapas em julho); e, agora, vai acontecer em Santo Estevão.

As próximas edições vão acontecer no dia 11 de outubro, no município de Salinas da Margarida; e de 20 a 23 de novembro, pelas 9ª a 12ª etapas na Praia de Inema, em Salvador, junto às finais da Copa Brasil, Campeonato Brasileiro Interclubes e Circuito Sul-Americano de Clubes e Seleções. A última prova do campeonato acontece com a tradicional Travessia Itaparica x Salvador entre os dias 05 e 07 de dezembro.

Redes sociais e sites de e-commerce têm 48 horas para retirar anúncios e ofertas de cigarros eletrônicos

Redes sociais e plataformas de comércio eletrônico foram notificadas nesta terça-feira (19) e terão 48 horas para remover conteúdos e ofertas de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos. 

A determinação faz parte de uma ação nacional contra o comércio ilegal e a publicidade desses produtos no ambiente digital. A medida foi coordenada pelo Conselho Nacional de Combate à Pirataria e aos Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), órgão vinculado à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). 

Os cigarros eletrônicos têm sua venda, importação e propaganda proibidas no Brasil desde 2009, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Apesar disso, a comercialização irregular ganhou espaço em plataformas digitais, o que levou à intensificação da fiscalização. 

Segundo a Senacon, caso as empresas descumpram a notificação, poderão sofrer sanções administrativas e multas. O objetivo da ação é reduzir a exposição da população, em especial dos jovens, a produtos ilegais e de alto risco à saúde.

Brasil perde área natural maior que a Bolívia em menos de 40 anos, aponta estudo

Um levantamento divulgado pelo MapBiomas revelou um dado alarmante sobre o ritmo da degradação ambiental no país. Entre 1985 e 2024, o Brasil perdeu 111,7 milhões de hectares de áreas naturais, o que equivale a uma extensão territorial superior à da Bolívia, país que possui aproximadamente 109,8 milhões de hectares. 

A pesquisa, que analisou imagens de satélite e séries históricas de uso e cobertura da terra, identificou que a maior parte dessa perda está associada à expansão da agropecuária e à pressão crescente sobre biomas como Amazônia, Cerrado e Pantanal. A conversão de florestas, campos e outras vegetações nativas para atividades agrícolas e pecuárias representa a principal causa da transformação da paisagem brasileira nesse período. 

Segundo os pesquisadores, o avanço da degradação também está relacionado a eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e incêndios florestais, intensificados pelas mudanças climáticas. O relatório aponta que o ritmo da perda ambiental coloca em risco não apenas a biodiversidade, mas também os serviços ecossistêmicos essenciais, como a regulação do clima, a manutenção dos recursos hídricos e a fertilidade do solo. 

Especialistas alertam que a reversão desse cenário depende de políticas públicas efetivas, fiscalização ambiental rigorosa e incentivos econômicos para práticas produtivas sustentáveis. O estudo reforça que o Brasil, por sua dimensão e riqueza natural, desempenha papel estratégico no equilíbrio climático global — e que a preservação dos seus ecossistemas deve ser tratada como prioridade urgente.

Morre Arlindo Cruz, ícone do samba, aos 66 anos

Internado desde março deste ano no Hospital Barra D’Or, Arlindo enfrentava complicações de saúde agravadas por uma pneumonia combinada com infecção por bactéria resistente . Desde 2017, ele vinha lidando com graves sequelas advindas de um AVC hemorrágico, que o havia afastado dos palcos e limitado sua mobilidade e fala . 

Nascido em 14 de setembro de 1958, em Madureira (Rio de Janeiro), Arlindo Domingos da Cruz Filho começou cedo sua trajetória musical ao tocar cavaquinho desde os sete anos. Emergindo no grupo Fundo de Quintal a partir dos anos 1980, tornou-se um dos grandes nomes do samba e do pagode, ao lado de figuras como Jorge Aragão, Beth Carvalho e Zeca Pagodinho . 

Compositor prolífico, é autor de clássicos como O Show Tem Que Continuar, Só Pra Contrariar, Meu Lugar e Bagaço de Laranja, que atravessaram gerações e consolidaram sua marca na música brasileira . Ao longo da carreira, foi indicado múltiplas vezes ao Grammy Latino e conquistou diversos prêmios nacionais, incluindo o Prêmio da Música Brasileira e o Estandarte de Ouro . 

A notícia da sua morte provocou grande mobilização de fãs e colegas no mundo artístico, que lamentaram profundamente a perda de um verdadeiro maestro do samba . 

Arlindo Cruz deixa a esposa, Babi Cruz, e os filhos Arlindinho e Flora Cruz. Seu legado — repleto de talento, poesia e conexão com as raízes do samba — permanecerá vivo numa presença que segue pulsando nas rodas, nos sambódromos e nas gerações futuras.

Instagram deve mostrar localização EXATA dos contatos por mapa no app

O Instagram está testando um novo recurso que promete causar polêmica entre os usuários: a exibição da localização exata dos contatos em um mapa interativo dentro do aplicativo. A novidade, que ainda não tem data oficial de lançamento, permitiria ver em tempo real onde amigos e seguidores estão, de forma semelhante ao recurso “Snap Map”, do Snapchat. 

De acordo com imagens e informações vazadas por desenvolvedores que acompanham atualizações do app, o recurso se chamaria “Friend Map” e exibiria a localização em tempo real dos usuários que optarem por ativar a função. O mapa mostraria o nome do contato e a sua posição geográfica com precisão, além de permitir interações, como reações e envio direto de mensagens a partir do mapa. 

A funcionalidade já está em fase de testes internos e, segundo fontes ligadas ao Instagram, o objetivo seria incentivar encontros entre amigos, fomentar a criação de conteúdo ao vivo e manter os usuários mais engajados dentro da plataforma. 

No entanto, especialistas em privacidade digital alertam para os riscos. “Exibir a localização exata de forma tão acessível pode abrir margem para problemas sérios de segurança, como perseguição, assédio e até crimes mais graves”, aponta a analista em segurança cibernética Carla Mendes. “Mesmo sendo opcional, a pressão social pode levar jovens e influenciadores a ativarem o recurso para parecerem mais acessíveis, o que é perigoso.” 

A rede social, que pertence à Meta, informou em nota que “trabalha constantemente para melhorar a experiência dos usuários e que qualquer novo recurso é lançado com controles de privacidade robustos”. Ainda assim, a possível novidade já gera críticas e divide opiniões entre os internautas. 

“Já não basta saber tudo o que fazemos, agora querem saber exatamente onde estamos?”, comentou um usuário no X (antigo Twitter). Por outro lado, há quem veja o lado positivo: “Seria ótimo para encontrar os amigos em eventos e viagens. Desde que tenha como controlar quem pode ver minha localização, acho útil”, disse uma influenciadora digital. 

Até o momento, o Instagram não confirmou oficialmente a existência do recurso, mas o debate sobre os limites da tecnologia e da privacidade digital reacende com força nas redes sociais.

TARIFAÇO DE TRUMP CONTRA O BRASIL ENTRA EM VIGOR NESTA QUARTA-FEIRA

Entrou em vigor nesta quarta-feira (6) o chamado “tarifaço” do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil. A medida, anunciada durante sua gestão e retomada em meio ao atual cenário eleitoral norte-americano, impõe pesadas tarifas sobre a importação de aço e alumínio brasileiros, afetando diretamente a balança comercial entre os dois países. 

A nova taxação, que chega a até 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio, foi justificada por Trump como uma forma de proteger a indústria americana da concorrência estrangeira. Segundo ele, países como o Brasil estariam “desvalorizando artificialmente suas moedas”, prejudicando os produtores norte-americanos. 

A decisão tem gerado forte repercussão no setor industrial brasileiro, principalmente entre empresas exportadoras de metais. O Instituto Aço Brasil estima que a medida pode gerar perdas superiores a US$ 1 bilhão por ano e provocar demissões em massa no setor. “Essa decisão representa um duro golpe para a indústria nacional. Cerca de 30% do aço exportado pelo Brasil tem como destino os EUA”, afirmou Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo da entidade. 

O governo brasileiro, por sua vez, classificou a medida como injusta e afirmou que irá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC). Em nota, o Itamaraty declarou que o Brasil continuará dialogando com autoridades norte-americanas para tentar reverter a decisão. “Estamos abertos ao diálogo, mas também prontos para defender os interesses da nossa indústria”, afirmou a nota oficial. 

Analistas avaliam que a medida tem forte cunho político e ocorre em um momento estratégico para Trump, que tenta consolidar sua base eleitoral com um discurso de proteção à indústria e geração de empregos no país. A retomada de políticas comerciais agressivas pode sinalizar um retorno a práticas protecionistas em caso de reeleição do ex-presidente nas eleições americanas de novembro. 

Enquanto isso, empresários brasileiros buscam alternativas para escoar sua produção e reduzir os impactos das novas tarifas. A diversificação de mercados e o fortalecimento de parcerias com Europa e Ásia estão entre as estratégias discutidas por exportadores. 

O “tarifaço” marca um novo capítulo na relação comercial entre Brasil e Estados Unidos e traz incertezas sobre o futuro das trocas bilaterais. Resta saber se o diálogo diplomático será suficiente para reverter uma medida que ameaça empregos, investimentos e o crescimento de setores-chave da economia brasileira.