Internado desde março deste ano no Hospital Barra D’Or, Arlindo enfrentava complicações de saúde agravadas por uma pneumonia combinada com infecção por bactéria resistente . Desde 2017, ele vinha lidando com graves sequelas advindas de um AVC hemorrágico, que o havia afastado dos palcos e limitado sua mobilidade e fala .
Nascido em 14 de setembro de 1958, em Madureira (Rio de Janeiro), Arlindo Domingos da Cruz Filho começou cedo sua trajetória musical ao tocar cavaquinho desde os sete anos. Emergindo no grupo Fundo de Quintal a partir dos anos 1980, tornou-se um dos grandes nomes do samba e do pagode, ao lado de figuras como Jorge Aragão, Beth Carvalho e Zeca Pagodinho .
Compositor prolífico, é autor de clássicos como O Show Tem Que Continuar, Só Pra Contrariar, Meu Lugar e Bagaço de Laranja, que atravessaram gerações e consolidaram sua marca na música brasileira . Ao longo da carreira, foi indicado múltiplas vezes ao Grammy Latino e conquistou diversos prêmios nacionais, incluindo o Prêmio da Música Brasileira e o Estandarte de Ouro .
A notícia da sua morte provocou grande mobilização de fãs e colegas no mundo artístico, que lamentaram profundamente a perda de um verdadeiro maestro do samba .
Arlindo Cruz deixa a esposa, Babi Cruz, e os filhos Arlindinho e Flora Cruz. Seu legado — repleto de talento, poesia e conexão com as raízes do samba — permanecerá vivo numa presença que segue pulsando nas rodas, nos sambódromos e nas gerações futuras.
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